terça-feira, 31 de agosto de 2010

Contos

UM SOLDADO SONHADOR



Era uma vez, um soldado brasileiro. Ele fora designado para um guerra, lutar em outro país para defender algo que não compreendia. Não sabia o por quê das pessoas se matarem por algo que não tinham feito, mas que refletia em suas pequenas vidas.
O pracinha sentia desolado com o que enxergava ao seu redor, o seu sonho não era esse cuja realidade fazia parte, desaprovava essa matança, as pessoas poderiam lutar de outras formas pelos seus objetivos e o dele não era esse, sonhara outrora em ser um cientista, salvar vidas, achar curas e não o seu contrário.
Com saudades de sua terra natal, às vezes, o jovem conseguia fugir do campo, gostava de olhar as belezas daquela terra, havia lugares esplendorosos, mágicos só de olhar, lugares que transmitiam um fascínio incrivelmente envolvente e sedutor. Caminhava por esses lugares para desabafar sua angústia, refletir sobre os últimos fatos do dia, no que poderia ser diferente, pensava que se ele fosse cientista, poderia fazer algo para mudar essa realidade.
Em uma dessas escapadas do campo de concentração, encontrou aos arredores um homem idoso que também gostava de caminhar pela região, aproximaram-se, conversaram pouco, mesmo assim, fizeram uma bela amizade no meio daquela desgraça, daquela horrível situação.
As palavras nem sempre foram compreendidas, italiano e brasileiro nem sempre trocavam palavras, mas os gestos indicando os morros, os pássaros que nem sabiam do que estava acontecendo, sublimes e indiferentes àquela realidade, os olhares atentos ao menor detalhe, cultivavam em silêncio aquela beleza prodigiosa.
O soldado achara uma razão de ser no meio da guerra, no meio de lágrimas e sangue, sonhara com algo mais, cultivava ainda mais o seu sonho, era uma migalha sua, de sua existência em meio às mortes.
O senhor também adorava aquele rapaz e resolvera mostrar-lhe um castelo abandonado no meio das colinas, um lugar um pouco distante, uma caminhada de faltar-lhes o fôlego, não se intimidaram com a distância. O rapaz seguiu o senhor até o lugar sem questionar. No início, não entendera o que se passava, entendia apenas que o humilde amigo queria mostrar-lhe algo, mas desconhecia a abrangência da situação.
Ao chegar no local, seus olhos brilhavam, espantados pelo que via, um castelo magnífico... para chegar lá, escadarias imensas, olhava-as todas em seu menor requinto, não lhe tirava a atenção o fato do lugar estar coberto de teias e pó. Entraram lentamente, passo a passo no saguão principal, uma abóboda refletia sua grandeza, vitrais fabulosos explicando a jornada de outrora, os detalhes em barroco lhe chamavam ainda mais atenção e o senhor ainda o guiara.
Saindo do saguão à esquerda, descendo as escadarias, com seu corrimão de bronze, chegaram a um porão. O soldado sentiu-se um menino num parque de diversões, não acreditava no que estava em sua frente... tubos de ensaio e outros objetos mostrara que seu sonho virara realidade.
Esquecendo de tudo que estava acontecendo lá fora, alienado mergulhou profundamente em suas pesquisas tornando o castelo como seu ponto secreto. Dentre tantos objetos, achou uma caixa, ao abri-la encontrou vários papéis e um chamava sua atenção, “Frankstein de Mary” uma oportunidade ímpar. E lendo aqueles pergaminhos, colocou a experiência em prática.
Arrastou um corpo incansável, levara até o castelo, havia o posto em suas costas, a força vinha da vontade em realizar aquele ato. Iniciando o experimento, fez tal e qual o que dizia o papiro. O monstro levantara da maca improvisada, sem ter consciência de nada, começara a quebrar tudo, o local se estilhaçara pouco a pouco. O jovem cientista ali parado, neutralizado em suas ações e sentimentos, ria e chorava, alegrava-se e horrorizava-se, uma explosão de sentimentos e alvoroço.
O monstro partiu para cima de seu criador esmagando seu pescoço, assim frente à situação, o moço tornara-se tao frágil como outro adorno do castelo. Sem defesas e quase sem respiração, aparece à porta o senhor chamando a atenção do gigante, este jogara o quase defunto contra uma parede, com tal força que fora jogado quebrou um pedaço da pilastra, em meio aos tijolos, caiu a seu lado um baú de pequeno porte adormecendo por alguns instantes.
Retomando a consciência, o soldado apanha aquele baú, sem analisar muito, toma em suas mãos um pedaço de tijolo e quebra o antigo cadeado, por seguinte sai de dentro uma luz que ofusca imensamente seus olhos , o jovem pisca várias vezes e pega o conteúdo do baú, uma carta com palavras especiais para uma situação emergencial. A carta cujas palavras serviam para abrandar a ordem , retornar a paz onde estivesse o caos.
Enquanto isso, o senhor idoso, num ato de destreza e coragem, consegue alcançar uma péia e travar num dos pés da besta. O rapaz se aproxima e defronte ao monstro leu a carta mágica, inexplicavelmente, uma explosão seguiu-se em torno do monstro, luzes o rodeavam de cima para baixo e outras debaixo para cima em uma simetria coordenada.
O monstro caindo por terra, voltou a sua forma humana e cadavérica, o jovem ainda com a respiração ofegante agradecera ao senhor a préstima ajuda, ambos entendiam a gravidade dos pergaminhos e a grandiosidade daquela carta, decidiram calar-se frente aos fatos e ao mundo. Ninguém iria saber do que houve, ninguém soubera do que houve.
Daquele dia em diante, o soldado, agora cientista, usufruía do local em pequenas experiências, não tão colossais, mas de uma magnitude ao seu tamanho e de grande importância pensando sempre no bem estar do ser humano.
E a guerra?
Bom, aquela guerra acabou, mas o ser humano impunha-se sempre em fazer outras e outras...

Curso Diversidade Textual: os gêneros na sala de aula
Autora: Vani Lucia Brand
Formadora: Graziela Alves


UM SAPO HERÓI



Num belo dia lá das profundezas da floresta, estava John um sapo sonhador. Acreditava um dia se tornar príncipe da floresta. Pois na floresta existia muitos sapos, mosquitos. Um mostro que ordenava as regras. Mas uma certa noite estrelada, John dormia em um grande lago, teve um sonho estranho, onde entre a floresta ele era um príncipe que nunca envelhecia se tornava eterno, porém para conseguir a fórmula para nunca envelhecer teria que ir em busca de um tesouro perdido, onde conseguiu vencer os inimigos e achar o tesouro e para sempre ser o príncipe da floresta.

Curso Diversidade Textual: os gêneros na sala de aula
Autora: Tatiane Pereira Mafra
Formadora: Graziela Alves

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